O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) garante que vai analisar o estudo da Deco, divulgado hoje, que chumba os centros de inspeção automóveis. “Neste momento não podemos comentar, teremos ainda que analisar esse estudo”, disse ao Expresso fonte do IMT.
A associação de defesa do consumidor Deco visitou 30 centros de inspeção automóveis, de forma anónima, levando veículos com seis deficiências e constatou que a maioria das falhas não foi detetada.
Quase todos os centros de inspeção não apontou metade das falhas. No total, 18 desses organismos assinalaram entre zero a dois problemas nos veículos, segundo a investigação.
“A ideia foi provocar deficiências com as implicações ao nível da segurança, mas que fossem fáceis de identificar, a maioria por controlo visual e controlo de funcionamento, mas mesmo assim verificamos que as inspeções falharam”, explicou ao Expresso Fátima Martins, responsável pelo estudo da Deco.
As deficiências nos veículos atingiam desde as luzes de nevoeiro, passando pelo limpa pára-brisas ou o cinto de segurança.
Perante este cenário, a associação de defesa do consumidor exige ao IMT que tome medidas, com vista ao reforço da fiscalização dos centros de inspeção automóveis.
“A metodologia não é eficaz, caso contrário não se verificavam estas situações de facilitismo e falta de rigor. É preciso o reforço da fiscalização do IMT”, defendeu.
Fátima Martins lembra ainda que o objetivo das inspeções periódicas é garantir a segurança e a manutenção dos veículos, mas sublinha que este objetivo está cada vez mais ameaçado face à crise.
“Nesta conjuntura ainda é mais importante que os centros de inspeção atuem de forma rigorosa. Hoje, com a crise, o parque automóvel está a envelhecer e é possível que muita gente poupe na manutenção, deixando de fazer as revisões recomendadas pelas marcas”, afirma.
O Expresso tentou também contactar a Associação Nacional dos Centros de Inspeção Automóvel, mas sem sucesso.
Retirado de expresso
Não há paciência para tanta exigência legal. São todos uns líricos por isso o pais está como está.
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